domingo, 15 de julho de 2012

A mestra com carinho - Kiyoshi Ikeda


A mestra com carinho - Kiyoshi Ikeda


Mestra virtuosa, onde andarás
Enviando mensagens aos Anjos,
Que protegem as crianças,
Que sonham com a LUA
Iluminando as ondas dos sete mares?
Vagando no espaço cósmico
Entre as estrelas, milhões de estrelas
A procura de surreal Olimpo,
Morada dos deuses que,
Os mortais não tem o poder e
Privilégio de desfrutar?
Mestra virtuosa, onde andarás?


Fertilizar – Lourdes de Vita


Fertilizar – Lourdes de Vita

Traga nas mãos a boa semente
e no seu caminho vá derramando, caminhe
em frente não titubeies, pra trás
não olhe, siga o caminho e deixe brotar por todos
os lados.Seja caminheiro, não perca a trilha,
sem se cansar, sempre pra frente.

Leve nas mãos as boas sementes,
não se descuide um só momento e não chegue
um dia com as mãos vazias.

Sínteses Cinza - Rubens Cavalcanti da Silva


Sínteses Cinza


águas futuras
movem moinhos
luzes se ascendem
em busca do escuro
e nas esquinas do tempo
um vento vindo do norte
causa violenta comoção
naquela moça que anseia
por um cliente
carros    ônibus    cachorros loucos
gentes apressadas     ambulantes
todos desejam um lugar
ao céu
vidas feitas e fartas de si mesmas
procuram a esmo
por shoppings que as façam
felizes.



Rubens Cavalcanti da Silva

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Tatuagem - Filomena Novi


   Tatuagem

Te tatuei na minh'alma,
no meu pensamento,
no meu coração
e no meu corpo.
Hoje te carrego
sem cansaço,
a todos os espaços
que eu possa transitar.
De repente...
Acho que quem foi tatuada
em sua vida fui eu,
pois mesmo tendo partido
ainda habita em mim.


Filomena Novi

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Um diálogo com a solidão - Regine Wilstom


Um diálogo com a solidão - Regine Wilstom
- Oras, e dessa vez quem bate?
- Eu que sempre vou e volto.
- E esse eu, tem nome?
- Me chamam de solidão, devo entrar?
- E por que entraria?
- Pois se foi você que me chamou.
- Eu? E por que o faria?- Olhe-se no espelho, a resposta virá.
- Pois que entre, está acompanhada?
- E como estaria?! Se caminho só.
- Pois faça a bondade, queira entrar.
- Ahn que casa adorável, exala meu ar.
- E que ar é esse? Estás a sonhar?
- Que antes um sonho fosse, é uma triste realidade que virá.
- Mas me fale que ar é esse?
- Seu rosto, não deixa enganar.
- Pois companhia a mim faça, já que estás a vagar.
- Certamente por aqui ficarei, até de mim você cansar.
- E por agora, o que vamos conversar?- Comece você o assunto, estou a pensar.
- Já que pensas, coloque-se a compartilhar.
- E por que e o faria, te conheço de algum lugar?
- Na certa lembra-se de mim, em cada lágrima que te fizeram derrubar.
- E por que o fazem, por que sofro assim?
- Cada um tem seu destino, sua estrada, o seu, leva você a mim.- Oras, como é ousada. Queres me intimidar?
- Não preciso fazer nada, você há de se consolar.
- Sinto uma tristeza que é serena e sossego.
- Sossego por ser serena. Ou serena por ser sossego?
- Sabes que não fiquei a filosofar, isso há de me ajudar?
- A ajuda sempre vem, de outros ventos, um outro além.
- E esse além que nome tem?
- Um nome tão simples, quanto a sua tristeza. Mas já aviso, sem nenhuma beleza.
- E esse além que nome tem?- Morte em vida, ou vida em morte, o que lhe convém?
- Pois agora, já me assusta, e por que me sinto assim?
- Já disse são efeitos de tristes momentos, que trazem você para mim.
- Mas não quero, e com você não vou.
- O único modo de salvar sua alma, é se morrer de amor.- E como fazer? Se ninguém a vista eu tenho?
- Não posso te ajudar, são as leis de onde eu venho.
- Onde vai, porque abres a porta?
- Chegou o momento de controlar essa sua revolta.
- E se eu não conseguir, se eu falhar?
- Esteja de malas prontas, virei para te buscar!

Rosa Vermelha - Ala Voloshyn


Rosa Vermelha - Ala Voloshyn

Pela manhã ele foi ao seu jardim e lá viu uma linda rosa vermelha.
Todo admirado colheu-a e levou para sua mulher.
Ela, encantada, agradeceu e o beijou com paixão.
Então ele entendeu:
Para merecer o amor de sua amada precisa saber cultivar rosas.